Nem sempre estar presente em todas as redes sociais significa maior qualidade ou alcance da comunicação. Existem diversas variáveis em jogo que influenciam no momento de escolher quais redes sociais usar na sua comunicação política.
Seu perfil pessoal, o cargo que você ocupa ou pretende disputar, o tamanho da sua cidade, o seu público-alvo e a quantidade de pessoas que compõe sua equipe são algumas das questões que não só precisam ser analisadas como influenciam diretamente na escolha das redes sociais.
Às vezes, querer abraçar todas as redes sociais pode resultar em um trabalho malfeito. Por outro lado, se não tiver na boa análise dos itens que citamos anteriormente, há o risco de concentrar esforços em redes que não comunicam com o seu público. Ou seja, você pode falar “ao vento”.
Dito isso, o primeiro passo antes de sair criando perfis em tudo que é rede social é levantar dados para escolher quais os canais mais eficientes para a comunicação.
Escolhendo quais redes sociais usar
A partir da nossa experiência na Agência Ethos em diferentes cidades, tanto coordenando campanhas quanto na consultoria para comunicação de mandato, chegamos a algumas características que ajudam a dar um norte na escolha das redes. Vamos a elas na tabela abaixo:
No quadro acima, elaborando a partir de experiência concretas de nossa agência, vale ressaltar que tudo depende de uma análise detalhadas da sua cidade e das características do seu público-alvo e eleitorado em geral. Em resumo, ele é uma base, mas não é uma regra.
Aproveitando, ampliamos um pouco o assunto para trazer o seguinte complemento:
Uma observação importante a ser feita é que algumas ferramentas ou canais de comunicação também vão depender de qual cargo você está concorrendo.
O que se aplica a um cargo de prefeito é diferente de um vereador que, por sua vez, tem diferenças de um deputado e assim por diante.
O importante na hora de escolher quais redes sociais usar na sua comunicação política é atender tanto seu público-alvo quanto saber que sua equipe, agência ou você mesmo, dão conta de alimentar tudo com conteúdos.
Lembre-se: cada rede social tem uma característica, estilo e linguagem próprias.
Saiba mais: Como usar o Twitter na política
Conhecendo sua cidade e seu público
Quando apresentamos nos quadros anteriores a divisão de redes sociais por quantidade de eleitores, destacamos mais ou menos uma característica geral das cidades brasileiras.
Dificilmente você vai encontrar em cidades pequenas perfis fortes de políticos locais no Twitter, por exemplo. Já em capitais, se você tiver um bom tempo de construção, seu perfil pode ter um alcance fantástico.
Facebook é a figurinha carimbada! Impossível estar fora dessa rede social. O mesmo já começa a valer para o Instagram.
Por fim, o YouTube é uma rede de alto alcance, mas depende demais de qual cargo você tem. Por exemplo, um vereador de uma cidade média pode não ter condições de investir em um canal na rede, porém se ele ambicionar se candidatar a deputado ou a prefeito, o Youtube já passa a ter uma prioridade maior.
Além disso, o público-alvo do seu projeto é outro item que influencia diretamente na escolha das redes sociais.
Colocando em linhas gerais, temos o Facebook como uma rede mais “adulta” e com capacidade de atingir a todos os tipos de público. O Instagram tem um estilo mais preferido pelos jovens, com uma linguagem e conteúdos mais leve, imagético e descontraído. O Twitter, por sua vez, é muito segmentado e seu uso depende muito da identificação correta do público.
Portanto, é preciso conhecimento e informação para que as redes sociais, de fato, sejam eficientes em seu comunicar com o seu público dentro da realidade da sua cidade.
Já atendemos diversos casos em que o político possuía um excelente canal de informação, mas o seu público-eleitor não utilizava aquela rede social. Ele desperdiçava tempo e energia e não se comunicava!
Quem é você? Uma pergunta fundamental!
É isso mesmo! Escolher as redes sociais de atuação passa também por se conhecer e entender até onde o seu perfil de encaixa ou não em cada uma delas.
Um bom exemplo disso é o Tik Tok. Não é porque ele começou a fazer sucesso que você precisa necessariamente estar nele. Políticos que não levam jeito ou não se sentem confortáveis com redes descontraídas, que exigem interação, mímica ou “dancinhas” podem dar um tiro no pé ao se aventurarem nelas. Soa falso, forçado e você pode cair no ridículo.
Essa premissa vale também para selfies ou stories. Você precisa estar à vontade fazendo aquilo.
Vale contratar um treinamento ou media training? Vale! Mas, em último caso, é melhor não forçar a barra e investir seus esforços nas redes em que você, de verdade, vai se sair melhor.
Tamanho (da equipe) é documento!
Há cargos e estruturas de governo que permitem a contratação de uma boa equipe de comunicação. Mas também há uma imensa maioria de pequenas cidades no Brasil em que o vereador nem gabinete possui. Por isso, o tamanho da equipe é outro ponto a ser levado em consideração.
Se você vai fazer tudo sozinho, não adianta querer estar presente em tudo para, no fim, não conseguir gerenciar toda a demandas das redes.
Lembre-se: rede social não é só postar. Há comentários a responder e toda uma leva de pessoas – eleitores, querendo atenção. É preciso tempo para gerenciar tudo isso.
Quanto mais pessoas você tem na equipe, maior a sua capacidade de presença nas redes. Pense que vídeos exigem uma boa edição, fotos atraentes e funcionais precisam de alguém que saiba fotografar bem e textos que funcionem precisam de redatores que entendam de comunicação política.
É muita coisa! Por isso, vale analisar com calma a sua capacidade de dar conta de tudo.
Então, quais redes sociais usar na sua comunicação política?
Como vimos, existe todo um passo a passo para escolher suas redes sociais.
Normalmente, o mais comum é apenas criar perfis, mas acredite, isso não dá certo!
Uma boa opção é contratar uma empresa para consultoria política. Nós, da Agência Ethos, trabalhamos com diagnóstico completo para entregar ao político e sua equipe e, a partir dele, orientar e direcionar ajustes, melhorias ou correção de rumos.